sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Curso de Captação de Recursos · Novo filme de Paulo Betti será gravado em Sorocaba e Votorantim


Ideia é reviver na telona a história que já foi mostrada há mais de 20 anos no teatro, baseada na obra do escritor Henry James
"Vamos rodar logo depois da Copa do Mundo e até o final do ano pretendemos colocar o filme nas telas", afirma Betti - DIVULGAÇÃO

A frase "luz, câmera, ação" será ouvida nas ruas de Sorocaba e Votorantim a partir de julho de 2014, após a Copa do Mundo de Futebol. O som virá das gravações do filme A fera na selva, estrelado e dirigido por Paulo Betti e Eliane Giardini. A dupla pretende reviver na telona a história que já foi mostrada há mais de 20 anos no teatro, baseada na obra do escritor norte-americano Henry James.

A escolha de escolher a região como cenário do longa-metragem não foi à toa. Paulo Betti nasceu em Rafard, mas passou praticamente toda a infância e adolescência em Sorocaba. Ele permaneceu casado com a sorocabana Eliane Giardini durante 25 anos e juntos consolidaram uma carreira sólida e respeitada no teatro, cinema e televisão.

Atualmente, Paulo Betti é o personagem Caetano na novela Malhação, da TV Globo. "Gosto muito de fazer meu trabalho em Malhação, pois ela tem uma audiência de 20 milhões de espectadores, um público muito jovem, que na maioria das vezes não conhece meu trabalho e passa então a conhecê-lo", conta.

Já Eliane Giardini está na reta final da novela Amor à Vida, exibida na mesma emissora, com a personagem Ordália. Após o término do trabalho, a atriz já tem engatilhado alguns projetos para 2014. "Retomar outra grande parceria com Luiz Fernando Carvalho para uma minissérie chamada Dois Irmãos, de Milton Hatoum", diz.

Em 2014, o foco dos dois atores também será o trabalho em A fera na selva. Em entrevista feita por meio de e-mail com o jornal Cruzeiro do Sul, Paulo Betti detalha o processo de elaboração do longa-metragem e alguns locais já praticamente definidos para as gravações das cenas. Ele também fala de Cafundó, exibido em 2005, e que conta a história do líder religioso João de Camargo. Confira:

Qual é a história de "A fera na selva"?

É uma poderosa história de amor, livremente baseada na obra-prima do escritor norte-americano Henry James. Um homem e uma mulher vivem juntos uma vida inteira, sem que ele nunca perceba e usufrua o momento presente, sempre na expectativa de um acontecimento extraordinário, que ele julga ser a razão de sua existência. O tempo passa e ele, entregue a sua obsessão, só se dá conta que não viveu, no surpreendente final. O filme é um alerta. A felicidade pode estar na capacidade de fruir o amor e a vida comum. "O real não está nem na saída nem na chegada, ele se dispõe pra gente é no meio da travessia." (Guimarães Rosa)

Como surgiu a ideia de gravar o filme?

Fizemos a peça teatral faz mais de 20 anos e desde então sempre pensamos em produzi-la no cinema.

Você e a Eliane Giardini terão outras funções no filme, além de atuarem no longa?

Eliane e eu seremos os atores e os diretores e também trabalharemos juntos na adaptação para o cinema.

Além de vocês, outros atores já estão confirmados no filme? E a direção?

Estamos torcendo para o fotógrafo Walter Carvalho estar livre no período em que pretendemos filmar, depois da Copa. Pensamos também no ator José Wilker para fazer a narração, em voz off, um personagem importante, o narrador.



O filme será todo gravado em Sorocaba? Já escolheram ou imaginaram quais serão as locações?

Em Sorocaba e região. A represa de Itupararanga será um cenário, certamente. Pensamos também no Hospital Santo Antônio, de Votorantim, no Cemitério da Saudade e numa faculdade como a Uniso.

A escolha de rodar o filme em Sorocaba é puramente afetiva, por vocês terem uma ligação com a cidade, ou também é baseada em critérios técnicos? Como, por exemplo, alguns locais que se encaixam na trama?

A história tem um aspecto universal, poderia ser feita em qualquer lugar. Escolhemos Sorocaba por questões afetivas. E também porque achamos que vai ser muito emocionante contar essa história tendo na tela os rostos de nossos amigos e parentes mais queridos. Além da paisagem que nos viu nascer e crescer. A inédita estratégia de realização e lançamento do filme colocará sua ênfase no aspecto regional, privilegiando inicialmente o interior de São Paulo. As filmagens serão em sua maioria em Sorocaba, terra de origem dos dois artistas principais. A exibição será nos cinemas da região de abrangência da TV Globo em Sorocaba, Itapetininga, São José do Rio Preto e Bauru, e também, em cinco capítulos na televisão, garantindo logo de saída uma audiência de 10 milhões de espectadores para nosso filme. A janela da televisão já está acertada e conta com o entusiasmo da direção da TV TEM, filiada da Globo, nessa região que é uma das mais desenvolvidas do país.

Quando começam as gravações? E qual é a previsão de exibição do filme?

Vamos rodar logo depois da Copa do Mundo e até o final do ano pretendemos colocar o filme nas telas. Também nas telas da TV TEM, onde exibiremos em cinco capítulos, num horário regional optativo, garantindo um universo de 10 milhões de espectadores para o filme.

Como tem sido o processo de captação de recursos para a produção do filme?

Estamos fazendo contatos com as empresas da região de Sorocaba e já conseguimos patrocínio dos Correios e da Flextronics. Entramos no edital da Eletrobras e do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. Vamos conseguir, o orçamento é baixo. Fizemos um contrato de co-produção com a Batuta Filmes, de Sorocaba, o que nos permitirá também usar os benefícios do Proac [Programa Estadual de Ação Cultural]. Quem quiser nos contatar sobre patrocínio, falar com a Cassiane 15-997942741.

Você dirigiu e atuou no filme "Cafundó", cuja história tem ligações profundas com Sorocaba. Posso estar enganado, mas na época vocês não gravaram cenas na cidade. Qual foi o motivo dessa decisão e qual é a análise que você faz do longa, após oito anos de seu lançamento?

Realmente Cafundó não foi filmado em Sorocaba, embora na tela a história aconteça na cidade. A decisão de filmar fora foi devido às facilidades estratégicas e econômicas. Acho que o filme cumpriu e ainda cumpre uma função. Revela a extraordinária história de liderança carismática de João de Camargo, um dos mais importantes personagens da história de nossa cidade em todos os tempos e também líder religioso importante dentro do contexto de religiosidade africana no Brasil. O filme passou na Globo de madrugada e teve cinco milhões de espectadores. Ganhou mais de 20 prêmios em festivais pelo mundo afora. Gosto muito do filme, uma espécie de filho pra mim. Mas, se o fizesse novamente, filmaria em Sorocaba.



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