terça-feira, 18 de junho de 2013

Captação de Recursos: CineOP leva questões sociais também ao público infantil



Foto: Lucas Godoy/Universo Produção

A programação da oitava edição da CineOP não abordou apenas a temática histórica principal sobre o Regime Militar. Ao longo dos cinco dias do evento, as sessões Cine Escola e Mostrinha levaram novas possibilidades do cinema brasileiro para o público infantil. Longe de serem apenas mais uma forma de entretenimento, elas também apresentaram questões sociais aos pequenos, como no caso do filme O Casamento da Ararinha Azul, de Marcelo Branco. OCinema em Cena conversou com o cineasta de Uberlândia.

Um dos pontos mais fortes da CineOP é antecipar as discussões sobre os 50 anos do Golpe Militar. Como é estar na Mosta para apresentar um filme infantil?

É muito gratificante. Eu fico muito honrado pela oportunidade, pelo convite de exibir o filme na CineOP e é uma história de amor e lealdade. Então tem a ver com todos os temas do festival deste ano. Porque a gente fala [no filme] de preservação, mas preservação de espécies em extinção. E a gente tem um simbolismo também do exílio, porque o personagem fica longe da amada. E também a questão da educação ambiental. Então é muito importante a oportunidade de exibir para as crianças e é um filme para toda a famíla, para todas as idades. A criança percebe o lado lúdico, os jovens têm o lado do romance, do amor e os valores, as virtudes são para todas as idades, para toda a família.

O filme foi lançado já tem algum tempo, mas vocês estão ainda percorrendo este circuito de festivais?

Na verdade, ele foi lançado em dezembro de 2012, então ele tá, assim, na fase de lançamento ainda. Dia 6 de junho, a gente recebeu um prêmio especial no Curta Amazônia, por coincidência o troféu Arara Azul. E aqui na CineOP eu fico feliz da oportunidade de exibir o filme para as crianças e os jovens.

Como está sendo a recepção do filme?

É um filme que é uma adaptação de um livro infanto-juvenil, O Casamento da Ararinha Azul, do autor Angelo Machado, de Belo Horizonte. É uma história que já virou peça de teatro e agora a gente faz essa versão adaptada para desenho animado e tem gerado uma boa repercussão. Porque envolve amor, amizade, lealdade e é uma história muito emocionante.



Rio, de Carlos Saldanha também tem esta temática ambiental e uma arara azul como protagonista. O público confunde os dois longas? Há um paralelo entre eles?

[As pessoas] confundem. A gente começou a fazer este filme em 2007, bem antes do lançamento de Rio, e o livro é de 1996. Então, assim, é o mesmo tema, mas o nosso filme é em 2D, é uma produção independente e eu fiz praticamente tudo sozinho, é bem diferente. A animação, a adaptação do roteiro, desenhos, edição, finalização, todas as etapas. A gente envolveu cerca de 20 pessoas na dublagem, porque são muitos personagens. Mas, sim, gera alguma comparação, mas a nossa história, como o autor do livro é ambientalista, a nossa história é mais fiel à realidade. Porque a ararinha azul, ela jamais nasceria no Rio de Janeiro; ela só tem na região entre Bahia e Pernambuco. Por isso que a nossa tem sotaque baiano. Então é uma aula de educação ambiental de forma lúdica.

E o processo todo durou o que, quatro, cinco anos?

A pré-produção demorou cerca de quatro anos porque envolvia a adaptação do roteiro,storyboards e envolvimento da equipe. Mas a parte de produção foram dois anos, a parte de desenhos, animação e edição. Mas envolveu cerca de 20 pessoas na parte de dublagem e de músicas também, que tem várias músicas e alguns músicos envolvidos e técnico de som. Mas a arte de desenhos foi demorada por conta de ter feito sozinho. E a dificuldade que a gente percebe é, primeiro, na captação de recursos, que a gente utilizou a Lei Rouanet. Correu bem, apesar da dificultade de nós conseguirmos a captação e viabilizarmos o filme. E, depois disso, a distribuição. E aí o Festival de Cinema de Ouro Preto é uma ótima oportunidade do filme chegar até o público.

fonte: http://www.cinemaemcena.com.br/

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